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A nova mente da humanidade

Era uma vez um pequeno grupo de animais que vivia no sul da África. Eles tinham uma vida igual a de qualquer outro animal, até que um dia descobriram uma nova habilidade mental nunca antes vista no planeta: a Imaginação. Ela se desenvolveu e deu origem a pensamentos lógicos, analógicos, sínteses, análises, cálculos, linguagem, etc. Assim, esses animais produziram e acumularam conhecimento se tornando a espécie dominante no planeta, mas não foram felizes para sempre. O que eles não sabiam é que 200 mil anos depois, essa mesma habilidade mental seria fonte de vários problemas, como a ansiedade, o fluxo incessante de pensamentos, o estresse, problemas sociais, de relacionamento e de saúde.


Essa história não acabou, está em curso ainda, e os protagonistas somos nós. E mais uma vez na nossa história a mente é a bola da vez, ou compreendemos o seu funcionamento ou nos autodestruímos. O ser humano se tornou inteligente mas egoísta, adquiriu muito conhecimento mas pouca sensibilidade: enquanto, no ano passado, 1 bilhão de pessoas viviam na Terra em extrema pobreza, gastamos 30 bilhões de dólares procurando vida no espaço. Mas nem tudo está perdido. Com os protagonistas pressionados pelo ritmo acelerado dos dias atuais, e pelo transbordamento de informações via internet, a ciência e algumas das maiores universidades do mundo foram em busca da nossa humanidade perdida, e parece que a encontraram. Há uma luz no fim do túnel, e ela vem da herança deixada pelos antigos habitantes da Índia que lá viveram há quase 6 mil anos: a Meditação, onde a mente passa a funcionar menos turbulenta e mais silenciosa, menos agitada e mais em paz, menos dispersa e mais atenta.

Essa é uma parte da lista de benefícios cientificamente comprovados: - Prevenção e tratamento da ansiedade; - Prevenção e tratamento da depressão; - Redução imediata do estresse; - Desenvolvimento da atenção; - Desenvolvimento da memória; - Ativação da amígdala com desenvolvimento da inteligência emocional; - Diminuição do limiar da dor; - Ampliação da capacidade cognitiva; - Indução de emoções positivas; - Inibição de tendências centradas em si mesmo; - Efeitos comparáveis a remédios, - Entre outros. Muitos ainda não se deram conta do impacto dessas descobertas, e elas não param por aí. A Universidade de Oregon recentemente descobriu que a prática da Meditação reconstrói a bainha de mielina dos neurônios em adultos, em um nível “similar àquelas detectadas durante o desenvolvimento do cérebro no início da infância” disse o Dr. Michael Posner, o que, em linguagem simples, significa rejuvenescimento.

Outra publicação impressionante foi da neurocientista de Harvard, Dra. Sara Lazar, que filmou mudanças estruturais positivas no cérebro de praticantes iniciantes, tudo isso com apenas 8 semanas de práticas com menos de 20 minutos. Embasados nesses dados, fundamentados pela ciência e respaldados pelas universidades mais respeitadas do mundo, podemos agora levantar as hipóteses: Será que as práticas contemplativas estão nos trazendo mais uma habilidade mental como aconteceu há 200 mil anos? Será que estamos prestes a dar mais um salto evolutivo com a descoberta de uma nova capacidade mental? Parece que sim, pois pensar que um iniciante em apenas 8 semanas já apresenta todos esses benefícios com práticas tão simples como respirar, é algo impressionante, transformador e revolucionário.

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